XIII - LIVRO - LIVRO CÓSMICO - AMOR - Margarida Pires

LIVRO CÓSMICO

AMOR

No olhar, leem-se as palavras escritas ao vento solar, e no coração comtemplamos a força gravitacional do amor. As rimas de amor dançam nas crateras da vida como cometas que cruzam o nosso céu interior. Tudo é energia, tudo é vibração, no pulsar do viajante de um jardim em flor.

Tudo o que se semeia, colhe-se. E cada gesto, cada pensamento, é uma semente lançada ao universo, aguardando o tempo  cósmico para florescer,  no alinhamento perfeito das constelações do destino.

No compasso da nossa caminhada galáctica, cada lágrima é um cristal de sabedoria interdimensional e cada sorriso um raio de criação que ilumina nebulosas esquecidas. Tudo vibra, tudo pulsa, tudo floresce, numa sinfonia planetária que nos chama pelo nome estelar.

Nós somos centelhas de luz, fragmentos estelares de uma consciência maior. Somos reflexo do Todo, partículas cantantes na orquestra cósmica da existência, onde cada nota é um sentir divino.

O amor não é acaso, nem  mentira, nem pontapé na escuridão. O amor é suave como o canto dos anjos, é firme como órbitas celestes, claro como o brilho de uma supernova e não pode ser copiado, pois é único em cada alma que o manifesta.

Cada alma carrega o seu  fardo, mas amar não é peso, é leveza, é sinal, é guia, é farol quântico. O amor é bússola, é ponte entre mundos, sopro divino que atravessa dimensões e desperta consciências adormecidas.

Amar não é erro, é compromisso com verdade, é  presença, é missão, é propósito. 

No amor não há máscaras, há essência pura. Não há ruído, há silêncio que acolhe. 

E é  nesse vácuo sagrado que duas almas entrelaçam suas mãos  e beijam as dificuldades da vida que transforma meteoros em amor.

O amor é o sol que incendeia qualquer tempestade, é raiz de cura, é limpeza energética, é alquimia sagrada, é portal de transcendência, é despertar místico, é passagem vibracional entre dimensões, onde o tempo se dissolve e o ser se revela. E quando o ser se revela, não resta separação, apenas unidade. 

E no fim de todas as buscas, descobrimos que o regresso é sempre ao amor. Ele é o lar eterno, o abraço que abriga, a resposta silenciosa a todas as perguntas de uma cúmplice e solitária jornada.

Povo Rapa Nui - Amor - Margarida Pires