XCIV - RASCUNHOS

❤Dias ventosos,

sem o teu amor presente,

onde a saudade virou lágrima,

numa angústia tão luzente.

Nesta viagem de um adeus,

algo ilude minha mente,

procuro e me perco,

nos nossos cantantes momentos.

Oiço vibratos lá ao longe,

de um refrão,

de uma ilógica canção.

Meu coração pulsa,

num ritmo contagiante.

Fecho os olhos,

e deixo - me levar,

pela pauta escrita,

no reflexo secreto,

do teu melodioso olhar.

E deixo - me abraçar,

pela quietude das lembranças,

guardadas nas antigas, 

pétalas de rosa,

espalhadas no nosso velho leito.❤

❤Megy Maia

XCIII - RASCUNHOS

❤Lá ao longe,

vejo uma barca perdida,

nas areias cantantes,

junto ao cais intrigante.

De repente,

sinto o despertar,

do teu enigmático olhar.

Com um suspiro,

de estrelas cadentes,

sinto renascer das cinzas,

a quietude de um amor,

no entrelaço de uma vida.

O bailado começa,

o fogo se atiça,

a saudade cresce,

das tuas mãos reboliças.

És bravio no mar.

Mas, ainda mais revolto,

no teu incendioso beijar.❤

❤Megy Maia

XCII - RASCUNHOS

❤Na noite gélida,

deitada no dramatismo,

senti um afogo,

como o refletido,

no breu do teu olhar.

Entre  relâmpagos e trovões,

a solidão despertou,

e incendiou minha alma.

No meio dos chuviscos,

a minha essência,

teceu flores ao vento,

palavras de encantamento.

Viajei por momentos,

e senti o tremor de tuas mãos,

despertar a desilusão, 

da saudade desnuda,

perdida nas areias do tempo.

Magicamente,

envoltos num invernoso beijo,

esquecemos a trovoada,

e o silêncio nos abraçou.❤

❤Megy Maia

XCI - RASCUNHOS

❤A dor oculta,

na profundeza das tuas raízes,

enregela o trajeto,

de minha alma,

sentindo - se esta,

faminta de sabedoria.

Presa em mim mesma,

sinto míngua das lições,

em que o amor,

era a chave, 

que destrancava a porta,

de qualquer brio enfeitiçado.

Suspiro.

Só vejo folhas desordenadas,

onde pedacinhos de água cristalina,

se refugiam no meio das sombras.

Dissipam - se capítulos,

na tempestade, 

onde o vento sopra,

sem rédeas,

sem sorrisos à vista.

E fico sofrida,

perdida entre neblinas,

de um ilógico entretanto.❤

❤Megy Maia

X - 🌺OLHARES DA ALMA🌺 - Megy Maia

 ISTO É ARTE

RIO TEJO

🌺Nas viajantes madrugadas.

O sol beija as águas cândidas do rio.

E lacrimeja.

Pela ausência.

 De saudosos abraços.🌺

Fotografias - Megy Maia