❤Desnuda.
Fui - me refrescar.
Nas ondas.
Selváticas do mar.
Imergi.
Num tempo infinito.
Dentro do teu olhar.
Que da areia escaldante.
Me acenavas.
Com tanta ânsia.
Na crença.
De nossos corpos.
Selares.
Nesta noite de luar.
De um luar singular.
Onde as gaivotas.
Assistiam de primeira fila.
A um fado tão nosso.
E onde um vinho rosé.
Misturado com grunhires.
Acalmava a tua sede.
De espera.❤
❤Quis te proteger.
No aconchego.
De minhas asas.
Dar - te colo.
Esquecendo.
Teu mórbido.
Filosofar.
Acreditas.
Na destruição.
E eu na paixão.
Feres corações.
E eu pinto lições.
Para não te perderes.
Nesse teu mundo.
Onde o relento.
É a tua tênia.
Companhia.
Acorda.
Meu tesouro.
O chão é gélido.
E é um triste colchão.
E a solidão.
Morre de fome.
E dói acredita.
Visto pelos olhos.
Angelicais.
De uma mera mortal.❤
❤Andei por aí.
Procurando.
O infinito.
No meio de palavras.
Escritas ao relento.
Depois.
De muito rascunhar.
Encontrei - o.
No meio do teu olhar.
Teus olhos.
Eram nítidos.
Diamantes em bruto.
Difíceis.
De se encontrar.
Tão cristalinos.
Que nem as lágrimas.
Reluzem tanto ao verbo beijar.
Lágrima caída.
Rosto ferido.
Mas, um imaculado amar.
Sentido num tempo.
Onde o mistério.
Fica guardado.
No arrulhar cicioso.
Do beija - flor.❤
❤Nesta noite gélida.
Quando olho.
No meio da escuridão.
Sinto que é você.
Que incendeia.
A minha espera.
No meio da floresta.
Onde me sinto perdida.
As árvores.
São sábias.
Companheiras.
Abraçam - me no silêncio.
Afagando meu cabelos.
Selvagens.
Já meio letarga.
Começo a ouvir.
A folhagem a recitar.
Versos de amor.
Levados pelo vento.
Na esperança.
Do reencontro.
De duas almas.
Esquecidas.
Na profecia.
Tecida nas asas.
Da borboleta.
Que outrora.
Beijava.
Dois corpos.
Desnudos.
Se amando.
Com tanto regalo.❤